Hoje eu vou jogar palavras fora
A tenebrosa saga de um escritor disciplinado, porém em caos criativo
Bão?
Bão. Bora.
Vamos falar sobre isso. Oi, eu sou o Felipe Tazzo. Esse moço da foto aí com a cara toda rabiscada (os rabiscos são photoshop, não é tatuagem porque eu sou doido mas não sou burro).
Tenho 40 e barba branca de idade e depois de umas décadas ajeitando a vida, consigo, finalmente aprender a ser escritor, que é diferente de aprender a escrever, mas não muito.
No episódio de hoje eu vou aprender a desescrever. (essa temporada tá cheia disso)
Eu me comprometi a escrever 1.000 palavras por dia, 5 dias na semana. Isso é porque a prática leva à redução do ódio e porque eu finalmente encontrei quem pagasse por palavra escrita. É bem legal isso: sites gringos compram contos e pagam por palavra escrita (coisa na casa dos 8 centavos de dólar por palavra - mas convertendo em lulinha$ dá ó, uns três milhão de lula$. E tem também o fato que eu não estava lá muito bem sabendo para que lado escrever, então e soltar o verbo (e os substantivos e os adjetivos) ajudam a dar rumo nas coisas. Quem sabe eu me descubro, como diziam os antigos - ou descubro o meu propósito como dizem os recentes.
Aí que tem que ver que escrever quantidade é uma coisa. Qualidade é outra.
Eu já mandei 4 ou 5 bons contos para diferentes revistas gringas. Um deles já foi rejeitado, os outros estão voando por aí.
E, como quem fica parado é poste, não vou esperar as respostas dessas revistas. Estou escrevendo outro conto, claro. Segunda foi 1000 palavras. Meta cumprida. Terça foram impressocríveis 1400 palavras. Meta mais que cumprida! Meta da Dilma - vamos dobrar a meta. Aí ontem, quarta, foram 800 palavras. Abaixo da meta, mas na média, a semana vai que vai!
Aí eu peguei para ler e todas essas 3200 palavras tão é uma merda! Pô! Sério? Sério. Quantidade não é qualidade. O que eu escrevi ficou bem legal. Uma ambientação bem bacana sobre um piloto de uma nave de entregas levando coisas para uma colônia paradisíaca da terra em outro sistema solar e lá vai reencontrando outras culturas e outras experiências espirituais. Legal? Legal. Conduz a história? Não. Baaaaaita enrolação que não propõe nada, não chega a lugar nenhum.
Resultado:
E aí deu birra e não escrevi nada hoje também.
Saldo da semana: 0 palavras, R$ 0 Reáus.
Mas tudo bem, palavras, assim como na imagem acima, são recicláveis. Tão aí no meu estoque, volto para elas um dia. Amanhã eu penso.
A partir de agora, vou continuar somatizando minhas frustrações escribilísticas aqui neste blog transiente que é o substack. Se você quiser acompanhar essa saga doida do moço que quer ser relevante na vida e inventa palavras para isso, crica aí no butão:
Agora! Você leu, né? Agora! Já! Valendo!
Aí, no fim da semana eu te mand um relatório completo da bagunça que eu aprontei, no que estou trabalhando, o que estou lendo, o que estou assinstindo, o que eu estou curtindo, o que estou pensando.
Vai ser légau, confia!
Bêjo!
bora!